quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Como Levar um Gato Gordo para o Canadá

Olá, Pessoal!

Como podem perceber, estou passando esta semana de férias, por isso, tá chovendo post adoidado... Agora, o assunto da vez é como levar o Gregório, nosso gatão (o Gordo). Este assunto parecia inicialmente ser muito complexo, mas agora que está tudo dominado, a coisa é mais simples do que aparenta. Qualquer pessoa que deseja levar um animal na cabine (dentro do avião e não no compartimento de carga) precisa se preocupar com duas coisas: convencer as empresas aéreas e o governo do Canadá que o bicho não vai transmitir doenças, e fazer o bicho caber em uma caixa minúscula - o que será difícil para o Gordo, mas vamos lá. Montei um cronograma de atividades com base no que pesquisei em tudo o que é lugar. Liguei para as companhias aéreas e para o Ministério da Agricultura, e pesquisei no site da Agência Sanitária do Canadá (www.inspection.gc.ca/english/anima/imp/petani/feline.shtml).
  1. Você precisa se certificar de que o gato é vacinado contra raiva, e a vacina é recente. O Gordo tem carteirinha de vacinação e a vacina anti-rábica está vencendo em Jan 2011. Então, vamos fazer uma nova vacina. No entanto, para entrar no Canadá, o certificado de vacinação deve ter as seguintes características: escrita em inglês ou francês, emitida e assinada por um veterinário licenciado, identificar o animal (raça, cor, peso), atestar que o animal é vacinado contra a raiva, indicar a data de vacinação, a marca comercial e o número de série da vacina e também a duração da imunidade.. (ufa!!!). Então, essa será a primeira providência a ser tomada, pois a vacina deve ser dada 30 dias ou mais antes da viagem;

  2. O segundo procedimento é verificar se tem lugar para o bicho no avião. No trecho Curitiba-Guarulhos não há restrições. Porém, de Guarulhos para Toronto, só podem embarcar na cabine 4 bichos. No vôo de Toronto para Montréal, que é um avião pequeno, podem embarcar 2 bichos. Nos nossos vôos por enquanto, não tem nenhum bicho reservado. Mas é necessário efetuar a reserva do animal, para que ele não fique fora entre os 4 ou 2 escolhidos. Não se paga nada para reservar. A reserva tem que ser feita em ambas as companhias (TAM - 4002-5700, Air Canada - (11) 3254-6600)

  3. O terceiro procedimento deve ser efetuado a partir de 10 dias antes da viagem: o veterinário deve emitir um laudo dizendo que o animal foi examinado e possui boa saúde, não possui doenças infecto-contagiosas e parasitárias. O atestado também tem que ter raça, cor, peso, nome do animal, nome do dono. Este documento deve ser emitido em 2 vias. Ele será utilizado para entrega no Ministério da Agricultura no aeroporto.

  4. 3 dias antes do embarque, deve-se ir ao Ministério da Agricultura buscar o documento chamado CZI. Para obter-se este documento é necessário ir até o Ministério da Agricultura no aeroporto. Porém, deve-se ligar antes no aeroporto para agendar horário (em Curitiba, (41) 3381-1299, em Guarulhos (11) 6445-2800). Deve-se levar um xerox da carteira de vacinação e o original e as 2 vias do laudo do veterinário;

  5. Então, chega o momento do embarque: na TAM, de Curitiba a Guarulhos, vamos apresentar o gato e levá-lo na cabine. Ele deve caber em um kennel de 36x33x25 (prende a respiração, Gordo!). Ao apresentá-lo, ele deve, junto com o kennel, pesar menos de 10kg. Devem também ser apresentados o CZI, a carteira de vacinação e também o laudo do veterinário. Neste momento, pagamos R$ 90,00 referente à taxa de excesso de bagagem e também mais uma tarifa correspondente a 0,5% da tarifa tradicional (R$ 600,00), vezes o peso total do gato + kennel. No nosso caso, vai ficar em torno de R$ 15,00.

  6. Chegando em Guarulhos, deve-se apresentar novamente o gato no check-in. Então, a Air Canada vai cobrar USD 100.00 para levar o gato. Tem que apresentar o CZI de novo e o laudo e carteira de vacinação. A diferença é que na Air Canada, o gato pode ir em uma gaiola um pouco maior que a da TAM. Aqui, é classe executiva dos gatos: 55x40x23.

  7. Chegar no Canadá, apresentando o laudo em inglês ou francês que já foi citado no item 1.

É isso... Agora é só rezar para o avião decolar com o incrível peso do Gregório dentro da fuselagem... E seguimos com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!

Abração e a Paz

terça-feira, 21 de setembro de 2010

30 Dias para o Canadá!!

Oi, Povo de Deus!!!

Só de escrever o título deste post, já fico emocionado!! Lembro-me de tudo o que passou e agora, precisamente ontem, dia 20 de setembro, faltam 30 dias para a viagem ao Canadá. Tudo o que acontece em nossas vidas agora é como se fosse a última vez: falar com as pessoas da nossa família, com os amigos, andar pelas ruas de Curitiba, que também são lindas, limpas e arborizadas, com passarinhos cantando, etc... ahaha. último retiro do Cursilho, último ECC, último isso, último aquilo. É engraçado, mas todos os momentos da vida que estão acontecendo nestes dias me deixam sempre com um sentimento de atenção: "tenho que viver isso intensamente, pois pode ser a última vez". O mais interessante de tudo, é que este sentimento na verdade deveria ser nosso de cada dia, pois realmente o único momento importante - independente de estarmos imigrando ou não - é o momento presente. Mas não nos damos conta disso. Então, mais uma experiência de desapego. Este processo de imigração é muito instrutivo para a vida.

Outra coisa: ver a casa se esvaziar também é uma coisa difícil: cheguei esta semana em casa e a sala já não tinha o jogo de sofá, pois havíamos conseguido vender. Então, a sala estava vazia. Baixamos um colchão de casal velho para podermos assistir TV. Hoje eu desci o sofá do escritório (que também já tá vendido mas o cara não veio buscar) e o escritório ficou com cara de vazio. Enfim, tudo é sinal de que a nossa vida nesta casa também está lentamente desaparecendo... Mais uma experiência de desapego, mais um aprendizado...

Uma última coisa que é interessante lembrar e que me ocorre hoje é o primeiro encontro que tivemos com nosso grupo de amigos imigrantes de Curitiba, dos quais somente nós estamos aqui agora. Isso faz mais de um ano, mas consigo lembrar nosso sentimento de insegurança e apreensão, vendo como eles estavam seguros, pois já estavam bem adiantados no processo de imigração e a gente nem havia iniciado ainda. Fico pensando naquela época e no sentimento: "será que vamos conseguir?", "quanta coisa para fazer?", e agora, não quase nada mais há fazer... Mas a diferença entre aquela ocasião inicial e agora nada mais são do que as decisões que tomamos em direção ao processo, às coisas que nos abstemos que não nos levavam ao Canadá... Ou seja, o resultado da caminhada, sempre com passos firmes de quem sabe onde quer chegar.

Mas agora, não posso deixar de mencionar. A força principal desses passos firmes vem somente de Deus... Sem Ele, não haveria "passos firmes" nem a "ciência de onde se deve chegar". Sabemos muita coisa hoje sobre o lugar onde vamos morar, mas o que nos conforta é principalmente a Esperança de que Deus nos quer, de alguma forma lá. Ele quis precisar de nós lá e lá nós vamos também. Com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!!!

Abraços e a Paz